Por: Levi Gonçalves - Professor de Química da Escola Santa Marina
O Brasil possui um grande potencial natural para a exploração de energia eólica e solar. Se houver pesquisas que gerem inovações tecnológicas, relacionadas a uma matriz energética renovável e limpa, poderemos potencializar nosso crescimento e desenvolvimento.
No dia 29/11 a conferência da ONU para Comércio e desenvolvimento emitiu um relatório informando que o Brasil foi o quinto país que mais investiu em energias limpas no ano passado, totalizando US$ 7 bilhões. Neste mesmo ano, a China, investiu US$ 49 bilhões, a Alemanha US$ 41,1 bilhões, os Estados Unidos US$ 30 bilhões e a Itália US$ 14 bilhões.
Frente à posição do Brasil neste relatório, devemos empreender esforços em inovação tecnológica para ganharmos competitividade no desenvolvimento de usinas de energias renováveis aumentando consequentemente a competitividade da indústria brasileira.
No dia 8 de Novembro, participei do Abimaq Inova. Na abertura deste evento, tivemos uma palestra sobre sustentabilidade e Inovação com o cientista político Sérgio Abranches discorrendo sobre relevância de se quantificar a emissão de carbono em uma cadeia produtiva como um pré requisito para investimento tecnológico auto sustentável.
Logo após houve uma apresentação das principais medidas do Plano Brasil Maior por Mauro Borges, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostrando a relevância do estímulo e investimento à inovação, a defesa da Indústria e do mercado interno brasileiro e ao crescimento da participação no comércio exterior por parte de nossa indústria de bens de capital com o objetivo de aumentar a competitividade da indústria nacional, a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor.
Houve também a discussão de uma proposta para avaliar as perspectivas de desenvolvimento tecnológico para a Indústria de Bens de Capital para Energia Renovável bem como a construção de uma agenda tecnológica para essa indústria com David Kupfer do Instituto de Economia UFRJ, Ricardo Naveiro da Escola Politécnica UFRJ e Rodrigo Sabbatini do Instituto de Economia da UNICAMP.
Após isso, foram apresentados casos de Inovação em produtos e processos pelas empresas Dedini, Impsa, Tecnometal, Voith Hydro, Weg e Wobben.
Paulo Augusto Soares, gerente de tecnologia da Dedini Indústria de Base, apresentou uma experiência prática para a produção de álcool a partir da celulose do bagaço de cana, resultando em um aumento da produtividade das usinas bem como a queda do preço do álcool a níveis mais competitivos.
Paulo Alexandre Ferreira, gerente comercial da Impsa discorreu sobre a Inovação nos aerogeradores em usinas eólicas.
Sérgio Esteves, diretor de energia renovável da Tecnometal discorreu sobre as inovações e soluções em energia eólica, hidromecânica e solar disponibilizadas pela Tecnometal.
Luiz Carlos Marighetti, gerente de engenharia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s), discorreu sobre Inovações em engenharia para viabilização técnica dos projetos de unidades geradoras de Pequenas Centrais Hidrelétricas.
Wagner Setti, responsável pelas Relações Institucionais de Comércio da Weg, discorreu sobre as inovações da Weg em motores, geradores e transformadores além de tintas.
Roberto Veiga, superintendente da Wobben falou sobre as inovações nas construções de aerogeradores de grande porte de 800 a 2400 KW
No evento houve também uma palestra com Alberto Machado Neto, diretor executivo da ABIMAQ para Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica, discorrendo sobre Inovação na área de petróleo e gás e como superar os desafios do Pré-sal pela inovação.
Alberto Machado Neto coordenou também a apresentação de mais alguns casos de empresas que se destacam na Inovação e com isso possuem destaque no desempenho de mercado. Nesta rodada José Mauro Ferreira, Diretor Comercial e de Marketing da FMC TECHNOLOGYES, Raimar Van Den Bylaadt, Gerente de Tecnologia da IBP, Claudio Dezidério, Diretor Presidente da empresa SISTEMAS DE FLUXO BRASIL e Luis Claudio Chad, Gerente de Produto e P&D da TENARIS CONFAB apresentaram suas experiências em produção de equipamentos para a exploração e produção de hidrocarbonetos bem como a respeito das dificuldades técnicas para exploração de petróleo em águas profundas.
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