Desde 2004, a instituição oferece 20% das vagas para cotistas
Iniciado em 2004, o programa registra atualmente 3.437 estudantes cotistas. O
número representa 11,2% do total de 31 mil alunos matriculados na UnB.
No dia em que o STF (Supremo Tribunal Federal) julga a constitucionalidade das cotas raciais para o ingresso em universidades públicas, a UnB (Universidade de Brasília) comemora oito anos do programa que direciona 20% das vagas do vestibular para estudantes negros.
A instituição foi uma das pioneiras no País a defender a reserva de vagas para afrodescendentes, ficando atrás apenas da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que instituiu o sistema após uma determinação do governo do Rio para garantir cotas em todas as instituições do Estado.
Iniciado em 2004, o programa registra atualmente 3.437 estudantes cotistas. O número representa 11,2% do total de 31 mil alunos matriculados na UnB.
A instituição foi uma das pioneiras no País a defender a reserva de vagas para afrodescendentes, ficando atrás apenas da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que instituiu o sistema após uma determinação do governo do Rio para garantir cotas em todas as instituições do Estado.
Iniciado em 2004, o programa registra atualmente 3.437 estudantes cotistas. O número representa 11,2% do total de 31 mil alunos matriculados na UnB.
Para Nelson Inocêncio, coordenador do núcleo de estudos afro-brasileiros da UnB, o momento é propício para a comemoração e também para o debate.
— Antes das cotas, a paisagem do campus era digna de uma instituição europeia. Não se viam negros nas salas de aula. É impossível manter uma estrutura segmentada como essa em um País que tem 50,7% de população negra.
De acordo com Inocêncio, a validade das cotas ainda é colocada em xeque.
— Percebemos que muitos jovens conservadores são contra o sistema. Agora, o debate sobre isso é absolutamente normal.
O especialista se diz otimista com relação à votação no STF da ação movida pelo partido Democratas contra as cotas raciais da UnB.
— Em alguns momentos, precisamos da força da lei para garantir que os direitos sejam respeitados. Foi assim com relação à violência entre as mulheres e, infelizmente, precisará ser desse modo com relação às cotas. Afinal, a abolição da escravatura tem mais de 120 anos e, até agora, não conseguimos igualar os direitos entre negros e brancos.
Em março, a universidade esteve envolvida em um caso de racismo. Um ex-aluno da instituição foi preso por envolvimento em supostas ameaças feitas nas redes sociais, incitando a violência contra negros, homossexuais, mulheres, judeus e nordestinos.
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