quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ENEM 2011


Foi criado um espaço especial para esclarecer as dúvidas sobre o Enem 2011. 
Ao todo são 8 passos com dicas e instruções para que os estudantes realizem suas provas  com tranquilidade.
Confira no site:
http://enem.inep.gov.br/

'Conheço meu limite', diz aluno que une estudo e diversão antes do Enem

Saber dosar as atividades é o segredo da boa preparação psicológica.
Na receita de Rafael Santiago, o tempo é dividido entre várias rotinas.


Quem já passou por uma prova em que todos os conhecimentos aprendidos até aquele momento seriam avaliados sabe o que se passa na cabeça do recifense Rafael Santiago, 17 anos. A poucos dias de prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que mede o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica, uma mistura de sensações toma conta do jovem: expectativa, ansiedade, tensão... Mas ele tira tudo de letra, com uma mistura equilibrada que, segundo especialistas, é uma boa receita para ter sucesso no Enem.

Às 7h, Rafael já está na escola e assiste a uma bateria de aulas, que terminam perto da hora do almoço. Ele vai de bicicleta para casa e, depois do “soninho da tarde”, chega a hora de cair em cima dos livros. “Conheço o meu limite. Estudo três horas seguidas todos os dias; mais que isso, não consigo me concentrar”, diz.
O estudo pode ser no computador, fazendo simulados on-line do Enem, na cama ou na rede da varanda. “Podem não ser os lugares ideais, mas conforto conta para mim. E minha família também respeita o meu horário, faz silêncio, além de não ficar cobrando empenho o tempo todo, sem aquela neurose”, explica.

Com o fim das leituras, entra em cena o Rafael músico. Ele herdou do avô e do tio diversos instrumentos de percussão e um violão, que está aprendendo a tocar. Por enquanto, ainda lê mais sobre as bandas favoritas e ouve discos e CDs do que executa acordes de canções que admira. “Quase todo dia pratico alguma coisa. É como uma terapia, ajuda a relaxar”, conta o jovem.

Antes de dormir, ainda surge o Rafael malhador. Ele montou uma academia na área de serviço do apartamento onde mora. Tem de tudo: pesos, barra, máquina de fazer abdominal. “É como dizem, não basta exercitar a cabeça, o corpo também tem que estar são”, acredita. E também há aquelas noites em que as atividades de Rafael não terminam com a malhação. “Pelo menos uma vez na semana, gosto de sair com meus amigos para desopilar. Vestibular vira assunto proibido na balada”, explica. Com uma rotina como essa, Rafael consegue equilibrar bem os estudos e a diversão, além de contar com o apoio da família. É assim que ele se prepara psicologicamente para disputar uma vaga no curso de engenharia civil nas universidades públicas de Pernambuco. “Eu estudo diariamente, mas não deixo de fazer o que eu gosto”, defende.

Rafael Santiago se divide entre estudo, diversão e malhação, sem tirar o olho do Enem (Foto: Vanessa Bahé/G1)Rafael Santiago se divide entre estudo, diversão e malhação, sem tirar o olho do Enem (Foto: Vanessa Bahé/G1)

Medida certa
Para a psicóloga Irinéa Catarino, Rafael está no caminho certo. “É difícil encontrar um adolescente que consiga disciplinar os estudos e o lazer sem ser consumido pelo estresse que o vestibular gera. É fundamental saber dividir o tempo de maneira saudável”, pontua. A especialista chama atenção para o leque de opções que o próprio estudante colocou à disposição dele. “Ele mescla várias atividades e também não se isola da convivência social, o que poderia até levá-lo à depressão”, explica. O interessante é que, mesmo sem Rafael perceber, a música e a malhação acabam ajudando nos estudos. Uma das reclamações dele é sobre as longas questões do Enem e o pouco tempo disponível para respondê-las. “Como a prova é cansativa e requer raciocínio lógico, interpretativo, sem ‘decorebas’, Rafael pode tirar proveito das atividades não automatizadas que ele pratica. Isto é, para tocar o violão, por exemplo, ele precisa de concentração e esforço cognitivo, mas faz isso com o pensamento livre, com muita serenidade e tranquilidade. O mesmo pode acontecer na hora de responder as questões”, exemplifica.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lei Seca



Brasil precisa de mais 150 mil engenheiros até 2012

Setor de petróleo e gás é um dos que têm maior falta de profissionais, segundo a CNI

 - Wilton Júnior/AE
Wilton Júnior/AE

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o setor de petróleo e gás (incluindo-se extração e refino) continuará expandindo sua demanda por esses profissionais a taxas entre 13% e 19% ao ano. No Brasil, formam-se anualmente 48 mil engenheiros em todas as especializações.
Na procura por profissionais para o setor de petróleo e gás, de cada dois candidatos selecionados, dois são contratados. “Normalmente, para vaga de engenharia, a seleção é feita com quatro, cinco profissionais para só então a empresa escolher. Já quando a vaga é no segmento de petróleo e gás, são selecionados um ou dois candidatos. E, se forem dois, ambos são contratados por causa da grande demanda”, diz João Amaral, headhunter da divisão de Petróleo e Gás da Michael Page, empresa de recrutamento e seleção.
Atualmente, na Michael Page há 40 vagas abertas para esse segmento da engenharia e, segundo Amaral, com dificuldade para serem preenchidas. “As empresas têm pago altos salários para quem é especializado nessa área. Até porque, para a companhia vale mais a pena pagar bem e manter a operação do que parar a produção por causa da falta de profissional”, comenta o headhunter.
A demanda é tão grande que o setor tem buscado profissionais em outras áreas da engenharia, como automotiva, de energia, de telecomunicações e até da indústria farmacêutica.
“É um setor que tem pago mais que os outros e oferece um bom pacote de benefícios para atrair pessoas de outras áreas. E isso também é estratégia para manter o profissional na empresa, já que a disputa é grande”, afirma Rafael Meneses, da empresa de recrutamento e seleção Asap.
O diretor da empresa de recursos humanos FCB, Valter Teixeira, explica que as vagas não se limitam a Petrobrás e subsidiárias da estatal. “Há demanda em empresas que prestam serviço, realizam e executam projetos para a Petrobrás”, explica.
Porém, não basta ter vontade de migrar para o segmento. Segundo os especialistas, nem para todas as áreas do setor de petróleo e gás a formação de engenheiro, mecânico, eletrônico ou de produção, é suficiente. “Tem que ir atrás de especialização. Para quem trabalha embarcado (nas plataformas de extração de petróleo), por exemplo, é um trabalho muito específico. Mas paga o dobro”, afirma Amaral.
Outra recomendação dos especialistas em recursos humanos e seleção é buscar cursos técnicos na área, que podem oferecer um diferencial para esse profissional. “E uma segunda língua é fundamental, pois há empresas novas chegando ao País ou atuando lá fora”, diz Meneses.
Na área
A engenheira química Maria Regina Oeino, de 51 anos, voltou para o setor de petróleo e gás após um hiato de dez anos. “Eu comecei nessa área trabalhando com projetos e depois, quando o setor ficou ruim, saí, atuei na indústria e virei professora universitária. Só voltei agora, nos anos 2000, quando o setor voltou a ter investimento”, conta.
Maria Regina afirma que o mercado tem grande demanda e houve um período em que faltou formação de profissionais para atuar na área. “Não se encontra engenheiros no setor com 15 anos de atuação, por exemplo. Ou são mais velhos, como eu, ou mais novos. Isso porque nos anos 90 não havia investimento e demanda nesse setor”, analisa.
Para a engenheira, nos próximos 10 a 20 anos esse será um setor de forte oferta de vagas. “Estamos defasados e é hora de recupera.”

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Vírgula, a vilã das redações, pode mudar o sentido de uma frase

Orientação do professor é deixar a intuição de lado e aprender as regras. Aposto explicativo deve vir entre vírgulas, assim como o vocativo.

 
A vírgula é um dos itens que os estudantes mais temem e que pode mudar completamente o sentido de uma frase. Por isso, quem vai prestar vestibular ou fazer o Enem deve estar atento aos detalhes do texto. A orientação do professor de Língua Portuguesa, Nestor Acioly, é deixar a intuição de lado e aprender as regras.

Para começar, é importante lembrar que nunca se separa, com vírgula, o sujeito e o verbo. Nos períodos simples, a vírgula deve ser usada para isolar adjuntos adverbiais deslocados. Veja um exemplo abaixo:

- Muitas pessoas, durante o feriado, viajam.

O aposto explicativo também deve vir entre vírgulas, assim como o vocativo. “A vírgula indica uma pausa. Mas nem toda pausa será indicada por uma vírgula. Há a entonação”, explica o professor. Exemplos:

- Recife, a Veneza brasileira, possui lindas pontes. (aposto explicativo)
- Maria, vem cá. (vocativo)


Outro caso em que a vírgula é empregada é em enumerações de termos que exercem a mesma função sintática. Exemplos:

- Henrique, Lucas, Thiago e Cláudio irão ao jogo de futebol.
- Pais, professores, responsáveis e estudantes devem comparecer à reunião.


Devem estar sempre entre vírgulas as conjunções coordenativas intercaladas, como: porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia, logo, portanto, por conseguinte, então.

Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/projeto-educacao/noticia/2011/10/virgula-vila-das-redacoes-pode-mudar-o-sentido-de-uma-frase.html