sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Guia do Enem para professores e alunos

O que é o Enem?
O Enem é hoje muito diferente de quando nasceu, em 1998. Pouco mais de 100 mil pessoas realizaram a primeira prova, que tinha como principal função avaliar o ensino médio no Brasil. Agora, além dessa função, incorporou várias outras, como ajudar o aluno a conquistar uma vaga em uma universidade pública, uma bolsa em uma universidade privada, o certificado de conclusão do ensino médio e até mesmo uma bolsa para cursar parte de seus estudos no exterior.

Já são cerca de cinco milhões de pessoas que fazem o Enem todo ano. Em boa parte das universidades do País, o exame passou a ser a única nota avaliada na seleção para as vagas. Já são quase 200 mil vagas distribuídas em universidades públicas, anualmente, só com a nota do Enem, e mais cerca de 300 mil bolsas do Prouni.

O Guia Enem tem a função de orientar os estudos para o que passou a ser o maior vestibular do País, porém, um vestibular diferente dos demais. Saber por que ele é diferente, conhecer bem este modelo de exame e pensar uma estratégia para enfrentar os dias de prova ajudará você a conquistar uma das vagas em universidades que têm como critério as notas no exame ou a conquistar seu certificado de conclusão do ensino médio.

Enem, a lógica da diferença
Diferente dos vestibulares convencionais, que apresentam um conteúdo programático para as provas, o Enem conta com uma matriz de competências e habilidades que precisa ser cobrada/respeitada pelas pessoas que elaboram as questões. Nos vestibulares, os conteúdos programáticos são extensos demais e ‘o céu é o limite’ na hora de um examinador elaborar uma questão. Já a matriz de competências e habilidades do Enem, apesar de também apresentar alguns dos conteúdos de sala de aula, contém menos opções que as exigidas pelos editais dos vestibulares e que estão listadas nos índices dos livros didáticos de ensino médio.

Com uma matriz de 30 competências e 120 habilidades, a prova do Enem é muito mais simples de ser resolvida do que as da maioria dos vestibulares brasileiros. Segue uma tendência mundial, já que, em outros países do mundo (em lugares onde há vestibular), o conteúdo cobrado é menos extenso. Além disso, ela ajuda escolas de ensino médio a reformarem seus currículos, procurando colocar mais ‘Educação’ no lugar de ‘Ensino’.

Há estratégias de estudo para o Enem? 
Sim. Com uma estratégia bem feita, o aluno terá uma nota maior no Enem. É preciso estar claro que estudar conteúdo demais não é a melhor opção do ponto de vista do custo/benefício.

Os alunos tendem a estudar mais o que sabem muito bem ou o que não sabem nada. Só dá para saber se esta é a melhor opção depois de estarem claros os seus objetivos. Existem alguns cursos mais difíceis de passar em universidades públicas, como Medicina e Direito, em que o aluno realmente precisa saber quase todo o conteúdo cobrado pelo exame para garantir sua vaga. Mas também há outros cursos, que podem dar ao aluno uma boa carreira, como Biologia, Enfermagem, Psicologia, Pedagogia, entre outros, que exigem uma nota bem menor nas provas. Para esses cursos, é necessário que os alunos saibam bastante para passar, mas não precisam saber tudo.

Então, nossa primeira lição deste guia é que nem tudo que está nos livros didáticos e nas apostilas de cursinhos aparece na prova do Enem. É preciso descobrir o que é cobrado e o que não é cobrado, e isso é bastante simples.

O primeiro passo para quem vai estudar para o Enem é resolver as provas dos anos anteriores – há testes desde 2009, quando o Enem começou a selecionar candidatos para universidades públicas (veja os links abaixo). Resolvê-las é como preparar-se para uma prova esportiva, como MotoCross, em que você precisa saber anteriormente os detalhes do percurso para se sair bem. No Enem também é assim. Como a prova é muito parecida de um ano para o outro, sabendo os detalhes do percurso, você irá melhor do que quem nunca teve contato com a prova.

Baixe as provas:
Prova não aplicada em 2009 - 1 dia
Prova não aplicada em 2009 - 2 dia
Prova não aplicada em 2009 - gabarito
Enem 2009 - 1 dia
Enem 2009 - gabarito do 1º dia
Enem 2009 - 2º dia
Enem 2009 - gabarito do 2º dia
Simulado - Ciências da Natureza
Simulado - Ciências Humanas
Simulado - Linguagens e Códigos
Simulado - Matemática
Enem 2010 - 1º dia
Enem 2010 - 2º dia
Enem 2010 substituto - 1º dia
Enem 2010 substituto - 2º dia
Enem 2011 - 1º dia
Enem 2011 - 2º dia

Como faço a minha estratégia? 
Primeiramente, um guia não é um manual. Em um manual há uma só forma de como alcançar um objetivo. Por exemplo, para montar um guarda-roupa, você recebe um manual que indica a única forma de fazer com que ele fique em pé. Em um guia, devemos imaginar que as pessoas preferem, ou sentem-se melhor, seguindo caminhos diferentes para chegar a seus objetivos, considerando até mesmo diferentes objetivos. Se, por exemplo, para o aluno que quer cursar Medicina não há outro caminho além de dominar toda a matriz de competências do exame, para quem quer um curso em que a nota cobrada não é tão alta, este caminho pode ser mais leve, curto e tranquilo. Porém, para os dois, é necessário não pegar atalhos que os façam sair do caminho. Estudar o que o Enem não irá cobrar é realmente desperdício de tempo para quem tem como objetivo conseguir, no menor prazo de tempo, uma boa nota no exame.

Mãos à obra. A primeira coisa a fazer é resolver, sem a ajuda de livros e/ou computadores, amigos e professores, as últimas provas do Enem. Ao resolvê-las, o aluno já começará a se acostumar com o “jeitão” delas.
Resolvi as últimas provas do Enem. E agora, o que eu faço?
Agora que você resolveu as provas, será necessário um pouco de trabalho para ter a clareza do quanto já está preparado para o exame e o que precisa estudar. Confira o gabarito e anote na própria prova as questões que você acertou e as questões que errou. É hora de definir, prova a prova, qual competência pertence cada uma das questões. Você pode fazer isso com a ajuda da matriz de competências do Enem. Vamos trabalhar com a matriz de 2009. Não se preocupe com a matriz de conteúdos que vem anexada ao mesmo documento. Alguns conteúdos que estão ali não devem cair na prova simplesmente porque o examinador tem que obedecer primeiro à matriz de competências, e depois à de conteúdos. Todo conteúdo que não tiver relação com as competências e habilidades cobradas pelo Enem tem probabilidade muito pequena de aparecer na prova.
Como os textos que explicam as competências geralmente são um pouco complicados para quem não é da área da educação, em nosso Guia, cada uma das competências recebe um título que facilita sua compreensão do que será cobrado pelo Enem. Colocamos abaixo uma tabela com os títulos para ajudar na separação das questões de cada competência. É normal que em algumas questões haja dúvida sobre a competência. Neste caso, marque a competência que você considera mais próxima dos textos da matriz.

Ciências da Natureza e suas Tecnologias

- Competência 1: A Ciência no Dia-a-dia
- Competência 2: Circuitos Elétricos ou Consumo Racional
- Competência 3:  Degradação, Conservação Ambiental e Ciclo da Água
- Competência 4: Genética e Saúde Pública
- Competência 5: As Ciências Naturais na Vida Cotidiana
- Competência 6: Fenômenos Físicos
- Competência 7: Fenômenos Químicos
- Competência 8: Biodiversidade, Ética em Pesquisa e Saúde Pública

Ciências Humanas e suas Tecnologias
- Competência 1: Cultura e Identidade
- Competência 2: Geopolítica
- Competência 3: O Estado e o Direito
- Competência 4: Evolução Tecnológica, Revolução Comportamental
- Competência 5: Cidadania e Democracia
- Competência 6: O que estamos fazendo com a Terra?

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
- Competência 1: Quem Não Se Comunica Se ''Trumbica''
- Competência 2: Língua Estrangeira Moderna
- Competência 3: Linguagem Corporal
- Competência 4: A Arte Expressando Ideias e Emoções
- Competência 5: Literatura
- Competência 6: O Texto, seu Contexto e sua Função
- Competência 7: Opiniões e Pontos de Vista
- Competência 8: Diversidade Linguística
- Competência 9: Tecnologias da Comunicação

Matemática e suas Tecnologias
- Competência 1: A Matemática na Vida dos Povos
- Competência 2: As Formas da Vida, Geometria da Realidade
- Competência 3: Medidas da Realidade
- Competência 4: Variação de Grandeza, Porcentagem e Juros
- Competência 5: Álgebra
- Competência 6: Gráficos e Tabelas
- Competência 7: Estatística

Tudo separado. Já sabemos qual competência o Enem exige em cada questão
Muito bom. Deu bastante trabalho, mas você conseguiu separar de que competência era cada questão. Essa seleção, além da resolução das provas anteriores, já ajudou muito na preparação para o Enem. Agora, certamente, você já está acostumado com o tipo de questão que cai na prova. Se prestar atenção, vai ver que a maioria dos conteúdos, como, por exemplo, média, moda, mediana, metro cúbico, eletricidade básica, radiação, ciclos biogeoquímicos, geração de energia, evolução industrial, uso de mapas, modernismo, entre outros, repetem-se em todas as provas. Também vai notar que muito do que está nos livros de ensino médio e nas apostilas de cursinho não aparece em nenhuma delas, ou aparece muito pouco.
O mesmo acontece com a avaliação de suas capacidades cognitivas e de sua visão ética da sociedade. Reparando bem, você verá que a valorização do meio ambiente sustentável, da democracia, da diversidade cultural e linguística, das conquistas sociais, do uso da ciência em prol da melhoria da qualidade de vida, da defesa do consumidor, das novas tecnologias da informação, da análise de gráfico e tabelas, do entendimento de que mudanças econômicas trazem mudanças comportamentais, do respeito à diversidade linguística, da compreensão que as várias formas de expressão artísticas são representação da identidade dos povos e de que sofrem influências de seu tempo e espaço, entre outras questões, estão em todas as provas do Enem.
Quem passa por este processo, de resolver a prova e depois separar as questões por competências, já ‘navega’ com muito mais facilidade pelo exame. Ele passa a ser conhecido do aluno, e muitas vezes o aluno já olha pra questão e sabe o que o examinador queria avaliar quando elaborou aquela pergunta.

Mas ainda tem mais. Agora é a hora de, em cada prova, você separar o que errou e o que acertou. Faça tabelas de cada prova listando as competências que você errou e as que você acertou. Por exemplo, em Matemática, que tem sete competências cobradas, coloque na tabela quantas você acertou e quantas errou de ‘Gráficos e Tabelas’, de ‘Geometria’, e assim por diante, nas quatro provas.

Fonte: 

USP e FGV lançam aulas e simulados na web para alunos do Ensino Médio


Portal da USP traz videoaulas sobre diversos temas.
Conteúdo da FGV contempla simulados para o Enem.

A Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) lançaram portais com conteúdos para alunos do ensino médio. Tanto o Portal e-Aulas USP como o Programa FGV Ensino Médio Digital reúnem materiais de estudo para alunos desta modalidade de ensino.
O portal da USP disponibiliza videoaulas das áreas de humanas, exatas e biológicas produzidas pela universidade. Ele foi inspirado em portais semelhantes de instituições internacionais de ensino superior, como Massachusetts Institute of Technology (MIT), Harvard e Princeton.
Exemplo de videoaula do site da USP (Foto: Reprodução)Exemplo de videoaula do site da USP (Foto: Reprodução)
Na segunda fase do projeto, que deverá ser implementada até o final do ano, o portal permitirá que os vídeos sejam legendados e que outros arquivos sobre o assunto em questão, mesmo que estejam em formatos diferentes, possam ser inseridos.
Segundo a pesquisadora do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica e coordenadora do Grupo Gestor do e-Aulas, Regina Melo Silveira, o Portal e-Aulas USP também será incorporado ao Portal de Busca Integrada do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi). Dessa forma, o usuário que pesquisar sobre um determinado assunto obterá como resultado não apenas livros, teses e artigos relacionados, mas também os vídeos produzidos sobre o tema.
Portal da FGV (Foto: Reprodução)Portal da FGV (Foto: Reprodução)
Simulados e  jogos
O portal da FGV traz material sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), simulados, jogos e aulas. 
Há conteúdos de todas as áreas de conhecimento, divididos em blocos temáticos – cursos – que, por sua vez, estão subdivididos em aulas também estruturadas em tópicos temáticos específicos. Os cursos dão uma visão geral de cada área de conhecimento que compõe o programa do ensino médio. Ao final de cada aula, o internauta poderá encontrar questões de autoavaliação de múltipla escolha com gabarito e comentários.
Também é possível encontrar simulados divididos por áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias (contemplando questões de português, literatura, redação, inglês e práticas corporais); matemática e suas tecnologias (contemplando questões de matemática); ciências da natureza e suas tecnologias (contemplando questões de física, química e biologia); e ciências humanas e suas tecnologias (contemplando questões de história, geografia, filosofia e sociologia). O teste de cada área do conhecimento tem 15 questões que são escolhidas aleatoriamente pelo sistema. A duração da prova é de 45 minutos.
Fonte:
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Reposição de aulas em universidade federal pode terminar apenas em 2015

Com o fim da greve nas universidades federais decretado anteontem pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a preocupação dos alunos e professores agora é com a reposição de aulas e o estabelecimento do novo calendário acadêmico. Algumas universidades admitem que o ano letivo se estenderá até abril de 2013. Em um caso, na Federal do ABC, é possível que a normalização só aconteça em 2015.
Segundo levantamento do Ministério da Educação (MEC), 13 das 59 universidades federais do País ainda não finalizaram a greve. Mesmo com o enfraquecimento do comando nacional de greve, com a retomada das atividades nas universidades nas últimas semanas, o movimento alcançou ontem quatro meses de duração. A paralisação chegou a atingir 57 das 59 federais do País.
Na nota divulgada anteontem, o Andes informa que vai encaminhar a suspensão unificada da greve nacional às instituições de ensino durante esta semana. "Majoritariamente, as assembleias locais apontaram para uma suspensão do movimento grevista até a próxima sexta-feira", afirma a presidente do Andes, Marinalva Oliveira.
Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a retomada das atividades nos câmpus deverá ser garantida por todas as universidades.
Em nota, o MEC informa que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, vai se encontrar hoje com representantes dos reitores para definir a aplicação do novo calendário. A pasta vai acompanhar a volta das atividades acadêmicas e fiscalizar a reposição das aulas.
"A greve foi um desastre para alunos e professores, pois paralisou o trabalho e interrompeu os cursos", afirma o sociólogo Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets).
De acordo com o Projeto de Lei 4.368/2012, encaminhado ao Congresso pelo Ministério do Planejamento em 31 de agosto, foi assegurado à categoria um aumento entre 25% e 40%, além da redução do número de níveis de carreira de 17 para 13. O impacto no orçamento chega a R$ 4,2 bilhões. Sobre o PL, o Andes critica a falta de critérios mais definidos para a progressão na carreira e outros itens referentes à avaliação externa. A entidade afirma que esse ponto afeta diretamente a autonomia universitária de cada instituição.
São Paulo. Mesmo reiniciando as aulas ontem, a Universidade Federal do ABC (UFABC) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ainda não definiram o novo calendário acadêmico. A UFABC vai ter uma posição definitiva apenas no dia 26 de setembro, enquanto que o Conselho de Graduação da Unifesp vai se reunir amanhã. "Nós vamos ter de estender essa reposição por cerca de dois, talvez três anos, porque não é possível repor mais de três meses de aula durante um único ano, não há folga suficiente", afirma o reitor da UFABC, Helio Waldman.
A Universidade Federal de São Carlos, no entanto, já estabeleceu que as atividades do segundo semestre vão se estender até o dia 9 de fevereiro do ano que vem. As datas do primeiro semestre de 2013 ainda não estão definidas.
No Rio de Janeiro, somente duas universidades federais no Estado estabeleceram novo calendário acadêmico, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde as atividades foram retomadas na semana passada, e a Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio). Os conselhos das Universidades Federal Rural (UFR)e da Fluminense (UFF) ainda não definiram as novas datas. Na UFRJ, o período letivo termina em 13 de outubro. O semestre subsequente será entre 15 de outubro e 16 de março de 2013.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi determinado que as aulas do segundo semestre terminarão até o dia 16 de janeiro de 2013.
Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como 90% dos cursos de graduação já haviam encerrado o primeiro semestre quando teve início a greve, ficou estabelecido que esse primeiro semestre terá de ser finalizado até 5 de outubro. O segundo semestre tem encerramento marcado para 16 de fevereiro de 2013.
No caso da Federal de Pernambuco (UFPE), somente em dois anos o calendário de aulas será normalizado. As aulas do primeiro semestre da UFPE serão repostas até o final de outubro. O segundo semestre tem início no dia 3 de dezembro e será encerrado no fim de abril.

COLABORARAM CLARISSA THOMÉ, ANGELA LACERDA e MARCELO PORTELA; FERNANDO OTTO e GUSTAVO FOSTER, ESPECIAL PARA O ESTADO.

Fonte:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,reposicao-de-aulas-em-universidade-federal-pode-terminar-apenas-em-2015-,932065,0.htm

Você sabia...